terça-feira, agosto 30, 2005

Já em 1950 era assim...

No dia do jogo do BENFICA - Gil Vicente, durante a "emborcada" de umas cervejas (mais uma mística) tive a honra de conhecer o sócio numero 247 do BENFICA. Trata-se de um senhor de 82 anos sócio desde 1940 que tive o privilégio de ver isso no seu cartão. Conversa para aqui, conversa para ali eis que ele me diz algo que eu nunca sonhei ter acontecido. Foi mais ou menos assim:

- Eu ainda sou do tempo da vitória na Taça Latina contra os Girondinos. Na altura a claque do Bordéus abafou completamente a nossa, porque a malta do Belenense, do Sporting, do Porto, pronto a malta dos outros clubes foi fazer claque para eles. Isto até foi muito criticado pelos jornais da altura.

Numa altura de ditadura em que a pátria era tudo, ouve gente que "desafiou" o regime para ir puxar por estrangeiros contra a própria pátria, para talvez não terem de ouvir os adeptos do Glorioso gabaram-se deste magnifico feito que recordo, na altura dava quase como estatuto de campeão Europeu. O futebol tem a beleza de unir as pessoas em torno da selecção, mas de separa-las em torno dos clubes. Eu por mim acho da mística rivais nossos torcerem pelos clubes que nos defrontam sejam estrangeiros, ou nacionais o que pelos vistos já em 1950 acontecia.

P.S. - Quem me conhece sabe que eu torço sempre para que o Sporting e o Porto percam seja em que competição for, e desengane-se aquele que torce por eles a pensar que nos jogos internacionais eles também sofrem por nós porque alem deste episódio que acabei de relatar aqui, podia enunciar milhares donde talvez o mais famoso seja os foguetes na Av. dos Aliados quando perde-mos na final das taças dos Campeões em Viena frente ao Milan em 1990.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Lá como cá...

Certa vez lembro-me de ler uma entrevista num jornal desportivo a um sargento do exercito português, campeão europeu numa qualquer modalidade de tiro que não sabia se podia ir representar o país no campeonato europeu pois estava em risco de ter de ser ela a pagar as despesas e referia o mesmo: "Se tiver de pagar para ir representar o país não vou."
Disse cá para os meus botões: "Este homem tem razão é uma vergonha ter de pagar para nos representar, isto num outro país mais evoluído nunca aconteceria."
Ora tal não é o meu espanto quando soube que cada atleta inglês pagou a módica quantia de 4 mil euros para representar o seu país no Mundial de Hóquei em Patins que se esta nesta altura a disputar nos EUA. este post não tem nada a ver com mística mas é para mostrar que nós portugueses que muitas vezes dize-mos que lá fora é que é, lá fora é que é bom, ver-mos que afinal às vezes não é bem assim simplesmente conhece-mos melhor a nossa realidade que a dos outros países...